A administração pública do município apresentou na sexta-feira passada, o programa Família Acolhedora, visando a mobilização e sensibilização de famílias medianeirenses a aderirem ao serviço que tem como objetivo evitar o atendimento institucional em abrigos e garantir à criança e ao adolescente o direito de convivência familiar e comunitária.

O ato de lançamento ocorreu na sala de reuniões da prefeitura onde estiveram participando o presidente da Câmara Pedro Seffrin, o vereador Nelson de Bona, a vice-prefeita professora Delcir, a promotora Cibele Dione Teixeira, a chefe do escritório regional de Foz do Iguaçu da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Roberta Barco Lopes, membros da Secretaria de Assistência Social, Conselheiras Tutelares, e outras representações.

Durante a reunião, foram apresentadas a legislação e metodologia para implantação do serviço, bem como as expectativas e as metas a serem cumpridas durante o seu desenvolvimento. A equipe discutiu ainda os desafios e a situação atual dos trabalhos exercidos em prol da criança e do adolescente no município. “O serviço possibilita o convívio da criança ou adolescente, afastados da família por medida de proteção, em um lar provisório, enquanto a família se reorganiza para receber a criança de volta”, destacou a coordenadora de Assistência Social e do Programa Família Acolhedora de Cascavel, Neusa Cerutti.

Para este programa tornar-se realidade foi necessário a participação da Câmara Municipal que acolheu a proposta de Lei Municipal de criação do Programa Família Acolhedora, assim como da Comarca de Medianeira e suas autoridades da Vara da Infância e Juventude, do Ministério Público e da equipe do SAIJ – Serviço Auxiliar à Infância e Juventude da Comarca de Medianeira.

Para o presidente do Legislativo, Pedro Ignácio Seffrin, o cuidar com o nosso jovem de hoje é investir na sociedade do amanhã. “Os gestores envolvidos neste programa possuem uma grande responsabilidade, tanto o prefeito, quanto os órgãos de assistência ou proteção à criança, a Câmara Municipal, a Promotoria Pública ou o Judiciário, todos precisam estar unidos para cuidar de nossas crianças e adolescentes. O resgate que é feito, muitas vezes, sob situações de risco ou intenso sofrimento teremos agora a oportunidade de dignificar a vida dessas pessoas que receberão de uma nova família o amor, carinho e atenção, e todos os cuidados básicos que toda criança merece”, finalizou o presidente.

Entenda como funciona

O Família Acolhedora é um serviço que organiza o atendimento de crianças e adolescentes que foram afastados de suas famílias por meio de decisão judicial e que em função disso, em vez de ir para abrigos, serão recebidas nas casas de “Famílias Acolhedoras” cadastradas e capacitadas.

O programa tem vários objetivos, segundo a secretária Sônia, dentre eles: “ofertar cuidados individualizados em ambiente familiar às crianças e adolescentes afastados da família, promover a reconstrução de vínculos familiares e comunitários e a garantia do direito à convivência familiar e comunitária”.

Para ser uma “Família Acolhedora” o interessado, além de passar por capacitação, precisa seguir alguns requisitos, como morar em Tietê há mais de 2 anos; ser maior de 24 anos, não possuir antecedentes criminais; não ter interesse em adoção e não estar inscrita no cadastro de adoção e haver a concordância de todos os membros da Família Acolhedora que moram na residência com o acolhimento da criança ou adolescente.