15/05/2016 - Atualizado em 01/07/2016 às 11:47
A Câmara Municipal de Medianeira, por meio de seu presidente Pedro Ignácio Seffrin e demais vereadores, lamenta em público o falecimento do cidadão honorário do município, Dr. Eduardo Orejuela Uscocovich, na manhã desse domingo, por volta do meio-dia.
Dr. Eduardo, muito querido pela população, foi o primeiro médico do primeiro hospital de nossa cidade, o conhecido Hospital Nossa Senhora Medianeira. Exemplo de profissional, demonstrou até seus últimos minutos que medicina não é um comércio, é humanidade, é dar ao próximo tudo o que tem aprendido, sem cobrar muitas vezes.
Aos 86 anos, Dr. Eduardo deixará como legado, seus esforços no sentido de exercer a sua carreira médica em favor das pessoas carentes, doando-se através do desenvolvimento de ações de cunho social para que ninguém, com ou sem condições financeiras, fosse tolhido do atendimento médico necessário à sua incolumidade (palavras do presidente).
Através do Legislativo Municipal, mais precisamente no ano de 2009, o médico foi homenageado durante sessão solene com a outorga do Título de Cidadão Honorário, estabelecido via de Projeto de Decreto Legislativo n.º 02/2009, de autoria do vereador Pedro Seffrin. A honraria foi prestada por seus relevantes serviços prestados não só a comunidade medianeirense, como de uma região inteira.
Deste modo, desejamos o conforto dos familiares, bem como o eterno repouso de nosso nobre amigo Eduardo Orejuela Uscocovich.
Sua história
Sua chegada ao município se deu em 1964. Juntamente com sua esposa Neusa construíram sua primeira casa ao lado do Hospital Nossa Senhora Medianeira (hoje Escola do Trabalho) onde atuava, juntamente com o colega Dr. Arnildo Brum. O hospital tinha três andares era em estilo alemão e as operações aconteciam no último andar –“só tinha uma sala de cirurgia e atendíamos pacientes de toda a região, pois aqui existiam poucos profissionais que realizavam cirurgias”, destacou Dr. Eduardo à uma entrevista ao Jornal Mensageiro. Lembrando que o médico ganhou fama na região pelo profissionalismo, onde chegava a realizar dez cirurgias por dia – “trabalhávamos quase 24 horas para atender todos os pacientes, pois atuávamos em diversas áreas da medicina. Realizávamos cesarianas e muitas cirurgias de urgência, pessoas baleadas, esfaqueadas e graças a Deus nunca perdi um doente na sala de cirurgia”, enfatizou.