11/07/2019 - Atualizado em 11/07/2019 às 15:51
Em meio à greve do funcionalismo estadual e à discussão sobre o reajuste proposto pelo governo, os vereadores receberam nesta quarta-feira (10), no plenário da Câmara, professores e servidores das escolas públicas estaduais no município, que buscam o auxílio do poder público na reivindicação de uma série de prerrogativas inerentes à classe e de forma especial, à educação paranaense. A audiência também contou com a participação de pais e alunos.
As principais exigências são: o reajuste inflacionário dos salários, congelados há quatro anos; a retirada do Projeto de Lei Complementar n.º 4/2019, que segundo a classe, barra investimentos na educação por 20 anos; a abertura de concurso público; que o salário do agente 1, funcionário de escola, seja equivalente ao mínimo regional, exemplo do que foi determinado pelo próprio governador, bem como, se estabeleça um diálogo aberto com o governo, entendendo as demandas do funcionalismo público do Paraná.
Participaram os vereadores Valdecir Fernandes, Sidney França, Tarcísio Becker, Pedro Seffrin, Nelson de Bona, Aristeu Ribeiro, Antonio França e Sebastião Antonio. Em nome do Legislativo, o presidente garantiu que o Poder se movimentará no sentido de auxiliar o diálogo dos professores com o Governo do Paraná. “Quero parabenizar a participação de todos, que buscam de forma democrática discutir suas reivindicações, e informar que já estamos em contato com nossos representantes lá na Assembleia, em Curitiba. Apesar da dificuldade na negociação, muitos deputados estão se mostrando solidários a causa”, destacou Valdecir.
Durante a audiência, alunos usaram o espaço da tribuna para expressar apoio aos professores e solicitar maiores investimentos na área da educação. Uma carta foi entregue aos vereadores em nome dos diretores das escolas estaduais presentes no município. “Como gestores, ansiamos pelo retorno das atividades escolares, o mais breve possível, haja vista nossa responsabilidade com os trabalhos administrativos e pedagógicos das instituições estaduais de ensino”, destaca o texto. Os parlamentares se comprometeram a encaminhar a carta com moções de apoio aos deputados que representam a região.
Ainda de acordo com um balanço pronunciado pelos organizadores, a adesão à greve, hoje no município, é de 95% dos professores e funcionários de escola da rede pública estadual. E destacam que o maior questionamento tem sido com relação a reposição das aulas, o que garantem que será realizado, sem prejuízo a qualidade de ensino ofertada aos alunos. Como constatado, a greve, que se iniciou no dia 25 de junho, deve continuar até a categoria concordar com os termos que estão sendo negociados junto ao governador Ratinho Junior.